segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Quatro vezes mais recursos para pesquisa em saúde

O investimento público na área de pesquisa, desenvolvimento e inovação na área de saúde aumentará quatro vezes. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (8), no I Encontro com a Comunidade Científica, realizado em Brasília. No evento, foi apresentado o plano de investimento, que soma R$ 1,5 bilhão nos próximos quatro anos – R$ 350 milhões por ano. Os recursos serão aplicados em ações estratégicas, definidas de acordo com o conjunto de temas prioritários do Plano Plurianual 2012-2015, que alinham a pesquisa nacional às necessidades de saúde do País. Nos últimos quatro anos, o Ministério da Saúde aplicou R$ 400 milhões nas pesquisas em saúde, 53% de todo o recurso investido no setor no Brasil.

Foram lançadas durante o evento duas ferramentas importantes para a pesquisa em saúde: a Plataforma Brasil e o Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (Rebec). As duas plataformas vão reunir e disponibilizar na internet projetos de pesquisa e ensaios clínicos. O objetivo é acelerar o processo de aprovação de testes com novos medicamentos envolvendo seres humanos no País e a publicação de artigos de pesquisadores brasileiros.

Uso racional de medicamentos - Ainda durante o evento, foi lançado um curso para o uso racional de medicamentos, que vai qualificar os profissionais de saúde do SUS na assistência aos pacientes. O curso "Seleção Racional de Medicamentos e Boas Práticas de Prescrição Médica e Odontológica" será disponibilizado na Plataforma de Cursos Autoinstrucionais do portal Universidade Aberta do SUS. Terá carga horária de 20 horas e estará disponível a profissionais de saúde prescritores e alunos de graduação de medicina e odontologia. Paralelamente, uma pesquisa em 35 mil domicílios do País vai levantar como o é o acesso do brasileiro aos medicamentos, a adesão ao tratamento e o uso e descarte dos remédios. A pesquisa será iniciada neste ano e concluída em 2013.

Linhas de pesquisa - Até este ano, na agenda de pesquisa, havia 838 linhas em todas as áreas do conhecimento sem a definição de prioridades. Agora, foram eleitas 151 como prioritárias (40 já em andamento). A Agenda de Pesquisas Estratégicas para o Sistema de Saúde (Pess) tem eixos como Complexo Produtivo Nacional, Modelo e Instrumentos de Gestão e Atenção Básica e Atenção Especializada, entre outros. O ministério realizou um mapeamento das demandas para identificar as prioridades de cada região e definir os temas e locais onde serão desenvolvidas as pesquisas.